Os usuários do transporte coletivo sonham com um metrô,
principalmente na hora do rush, um meio de transporte que respeita e dignifica
o trabalhador e ainda atraia outros setores e camadas sociais que hoje não
utilizam os ônibus, alegando falta de qualidade.
Mas o caminho é longo, difícil e caro: “Muitos ficam maravilhados
com o metrô de Paris, mas ele começou há 170 anos. Em dez anos, você não faz
nada parecido”, pondera Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin
America.
Por todas estas razões, penso que devemos buscar alternativas,
novas soluções em outros modais e defendo como forma viável em lugar do metrô,
a implantação do VLT (Veículo Leve sobre
Trilhos), que é um pequeno trem urbano movido à eletricidade. Sua envergadura
permite que sua estrutura de trilhos se encaixe harmonicamente nos centros
urbanos modernos. O VLT é uma espécie de Metrô de Superfície. A
trinta e cinco anos não imaginávamos que a boa e velha bicicleta poderia se transformar
em uma alternativa de transporte para as grandes cidades, também é difícil
acreditar que recém agora, estamos acordando para o potencial hidroviário que
sempre esteve aqui ao nosso dispor. Saber que os mesmos trilhos dos trens de
passageiros que ajudaram a desenvolver este estado ainda estão lá,
subutilizados, apenas por poucos trens de carga. Só para não sair da região
metropolitana, existe uma linha intacta, ou pior, criando mato, que vai de
Porto Alegre a Nova Santa Rita, contornado Canoas, esta poderia muito bem ser
utilizada como modal de transporte coletivo adequando vagões menos modernos do
trensurb para trazer milhares de pessoas de Nova Santa Rita e dos bairros
Mathias Velho e Harmonia, de Canoas para a capital. Por falar em Canoas, aqui estamos
apostando no Aeromóvel que pode sim ser uma opção boa e barata para transportar
com dignidade nossos cidadãos.
Claro que um metrô novinho no subterrâneo da Avenida Farrapos seria maravilhoso, mas o custo elevado, em um contexto econômico difícil, onde os entes da união interessados e partícipes estão com problemas de contenção de despesas. Quando uma PPP “Parceria Pública Privada” é apontada como solução para o impasse, fica difícil de acreditar na viabilidade desta empreitada. Só para exemplificar, para cada passageiro de ônibus transportado, custa quatro vezes mais no VLT e vinte vezes mais no metrô. Com o valor dos mesmos onze quilômetros do projeto do metrô de Porto Alegre, se poderiam fazer cinquenta quilômetros de vias para o VLT, cidades como Montpellier (França), Rotterdam (Holanda), Houston (EUA), Porto (Portugal) e Londres (Inglaterra) só para dar alguns exemplos, utilizam com sucesso e muita modernidade o VLT como meio de transporte urbano para seus cidadãos e ainda enchem os olhos dos turistas que os visitam.
Claro que um metrô novinho no subterrâneo da Avenida Farrapos seria maravilhoso, mas o custo elevado, em um contexto econômico difícil, onde os entes da união interessados e partícipes estão com problemas de contenção de despesas. Quando uma PPP “Parceria Pública Privada” é apontada como solução para o impasse, fica difícil de acreditar na viabilidade desta empreitada. Só para exemplificar, para cada passageiro de ônibus transportado, custa quatro vezes mais no VLT e vinte vezes mais no metrô. Com o valor dos mesmos onze quilômetros do projeto do metrô de Porto Alegre, se poderiam fazer cinquenta quilômetros de vias para o VLT, cidades como Montpellier (França), Rotterdam (Holanda), Houston (EUA), Porto (Portugal) e Londres (Inglaterra) só para dar alguns exemplos, utilizam com sucesso e muita modernidade o VLT como meio de transporte urbano para seus cidadãos e ainda enchem os olhos dos turistas que os visitam.
Além do mais, o problema não para na obra e fim, o metrô é caro
para fazer e mais caro ainda para manter, pois praticamente todos os metrôs do
mundo são subsidiados, ou seja, o poder público tem que pagar um pouco de cada
passagem se não fica muito caro e afugenta os usuários. Em Londres, cidade com
uma das melhores redes, os especialistas estimam que a subvenção do governo
esteja na casa dos bilhões ao ano, para garantir tarifas baixas e atratividade
de passageiros. A PPP ou Parceria Pública Privada requer obviamente, dinheiro
de investidores privados. Ora, não precisa nem ser capitalista para saber que o
investimento privado pressupõe busca de lucro. Mas como buscar lucro em algo
que desde o nascedouro se sabe que dá prejuízo e que o poder público que
poderia arcar com a devolução com lucro do dinheiro privado, atualmente está
com dificuldades de pagar até seus compromissos mais elementares.
Minha contribuição é no sentido de apresentar uma reflexão para
uma alternativa viável, moderna, limpa e financeiramente exequível para o
transporte coletivo, da capital de todos os gaúchos.
Professor Julio Ribeiro
Sociólogo
Pós-Graduado em
Filosofia e Economia Política -
PUCRS
VTL's pelo mundo
Cidade do Porto – Portugal
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Montpellier (França) |
Paris Imagem: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/mobilidadeurbana/2014/01/a-volta-dos-bondes-na-versao-vlt-como-alternativa-de-transporte/ |
Holanda
Imagem: http://viatrolebus.com.br/2014/07/na-capital-da-holanda-apenas-20-da-populacao-anda-de-carro/
|
Strasbourg (França) Imagem: http://qualidadeurbana.blogspot.com.br/2007/09/vlt-veiculo-leve-sobre-trilhos.html |
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Metrô
Metro subterrâneo Madri Imagem: http://www.institutoconstruir.org/ |
Imagens: http://www.trensurb.gov.br
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